segunda-feira, 16 de abril de 2012

Como (e se) trabalha a educação inclusiva?



As teorias estão ai e não são elas que fazem, praticam, no dia a dia, a  verdadeira  educação. Conhecer é fundamental, mas sua atenção, seu olhar e sua prática é que produzem a aprendizagem para todos. É sua atitude que faz a diferença. Encontramos desculpas infinitas para não fazer, mas para fazer, existe algo que nos impeça?...




Veja o que ele diz e pense e diga você.



Recebi da amiga Inês Inxs uma pergunta: 
- como (e se) trabalha a educação inclusiva?
Esta não é uma pergunta, é uma provocação e das boas, Inês?...rsrsrsrsr


O que penso e acredito: 


- Educação é um fim ( e não um meio), portanto, é um substantivo que não precisa de adjetivação de qualquer natureza para existir, exemplo, educação inclusiva, de qualidade, etc.


- Educação só existe (e teima existir) no plural e tem que gerar aprendizagem. Não existe educação no singular, portanto, ser inclusiva faz parte integrante de todo e qualquer processo de aprendizagem que denominamos "educação".

- Uma escola que educa, não exclui nem inclui, pois não perde ninguém e produz aprendizagem para todos, sem exceção.

- Mas uma escola que exclui, não educa, seleciona; e uma escola que seleciona, também não educa, classifica. E nós não viemos a este mundo para ser "classificados", nem a vida pode ser reduzida a um catálogo de "páginas amarelas".

- E quando uma escola se diz inclusiva porque aceita pessoas portadoras de alguma deficiência, também não educa, mas discrimina porque faz do "outro" um desigual e não o que somos e nos determina, somos todos diferentes. E diferença é riqueza, pois produz diversidade, e não defeito ou anomalia.

- Limitados somos todos nós, os humanos, seja física e/ou mentalmente, pelo simples fato de sermos humanos e não deuses. E isto não é defeito, mas razão para aprender mais e se tornar completo, e nunca perfeito.
Perfeição é coisa do andar superior, tá no âmbito do divino. No térreo, onde nascemos, vivemos para nos completar e, para isso, temos o tempo de nossa estadia no térreo para aprender. E se aprende é com o outro, na troca, na complementaridade, no plural.

- A escola é que é um dos meios, nem o único e nem, obrigatoriamente, o melhor, mas tão importante e relativo como todos os outros meios.

Educação é um fim que se realiza na pluralidade e na aprendizagem, permanentes.

Não sei se respondi a sua provocação, prezada Inês Inxs, mas me permitiu pensar alto e grande. Tomara que utilmente também. Obrigado e forte abraço.

Tião Rocha

www.facebook.com/people/Tião-Rocha

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